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Plástico feito com Etanol e Aditivos para Biodegradação de Polímeros dão destaques da FEIPLASTIC 2013


Uma das maiores bandeiras defendidas pela Feiplastic - Feira Internacional do Plástico, que acontece de 20 a 24 de maio de 2013 é, justamente, a abordagem sustentável dos produtos e soluções. São tecnologias e matérias-primas que não só surpreendem os visitantes, mas que garantem ao Brasil a liderança no mercado de plásticos verdes. Um dos exemplos é o polímero criado pela Braskem, confeccionado a partir de etanol de cana-de-açúcar, e que reduz consideravelmente a emissão de gases do efeito estufa. O produto pode ser utilizado na fabricação de frascos de higiene e beleza, embalagens de alimentos, sacolas, sacos de lixo e brinquedos.

O Polietileno (PE) Verde da Braskem é considerado um marco mundial de inovação. A empresa, maior petroquímica das Américas, ao lançar o material fez do Brasil o maior produtor de biopolímeros do planeta. Para cada tonelada de Polietileno Verde produzida, são capturadas e sequestradas até 2,5 toneladas de gás carbônico da atmosfera. A Braskem já contribui com a redução anual de emissão de mais de 750 mil toneladas de CO2, o que equivale a plantar e manter mais de 5 milhões de árvores a cada ano.

“Temos como visão alcançar a liderança mundial da química sustentável até 2020”, explica Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem. “Isso significa não apenas ampliar o portfólio de resinas verdes, mas também investir em operações cada vez mais sustentáveis e no desenvolvimento de novas tecnologias e processos com esse fim”. Atualmente, a tecnologia que usa como matéria-prima o etanol passou, inclusive, a fazer parte de produtos de outra empresa expositora da Feiplastic, a Du Pont. A empresa possui linha de resinas adesivas e modificadores de polímeros criada em parceria com a Braskem, ampliando suas linhas de resinas Bynel e Fusabond. Os produtos foram desenvolvidos para igualar ou superar o desempenho de seus equivalentes derivados de petróleo. Os produtos são totalmente recicláveis através das atuais redes de reciclagem de polietileno.

Outra empresa expositora é a Skintech Tecnologia, que oferece os aditivos oxibiodegradáveis da norte-americana Willow Ridge Plastics, como explica Talitta Silva, gestora de Marketing e Administração da companhia. “Tais aditivos podem ser aplicados em polímeros diversos como PEAD, PEBD, PELBD, PP, BOPP e PS. Os plásticos oxibiodegradáveis possuem duas fases ativas. A primeira é a fase de degradação oxidativa. Isso ocorre com o envelhecimento do próprio material. Conforme o plástico sofre a degradação, as propriedades físicas se reduzem. O material fragmentado torna-se ideal para a ação dos micróbios. Os produtos derivados resultantes são água, dióxido de carbono e biomassa. Os critérios de normatização da Willow Ridge Plastics estão de acordo com a Resolução nº 105 da Anvisa e com a norma ASTM 6954-04. A tecnologia é aplicável a polímeros plásticos de origem fóssil ou renovável. A vantagem é a sua versatilidade e custo final, que não ultrapassa 5% do preço final.

Silva comenta que a Feiplastic é “fundamental para setor, pois é praticamente a única opção, em âmbito nacional, para a troca de experiências, divulgação e fidelização de negócios no setor plástico. As feiras são excelentes oportunidades para expor, com alcance global, o potencial tecnológico da indústria plástica brasileira”. A presença em feiras internacionais como a Feiplastic também são importantes para a imagem da indústria nacional, complementa Silva. “Podemos demonstrar a capacidade produtiva de nosso seguimento, e a qualidade e eficiência dos produtos fabricados. O Brasil é uma excelente opção de negócio para investidores de todo o mundo”.

Acredita-se que, em poucos anos, o consumo dos “plásticos verdes” deva representar parcela significativa de todas as resinas plásticas consumidas no mundo todo. Estudo divulgado em novembro de 2012, parceria entre o instituto European Bioplastics e a Universidade de Hannover, na Alemanha, revela cenário favorável para mercado mundial de plásticos ecologicamente corretos, com grande virada daqui cinco anos. A capacidade da produção global de bioplástico deve chegar a 6 milhões em 2016, volume quase cinco vezes maior que o de 2011, que fechou em 1,2 milhão de toneladas. O PET parcialmente vegetal, como aquele presente na Feiplastic, deverá ocupar 80% do mercado, o equivalente a 4,6 milhões de toneladas.



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